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Pronto Atendimento: quando levar meu filho?

Pronto atendimento pediátrico é sempre um local que as mães deveriam evitar. Aglomeração de crianças doentes, horas de filas e muito stress. Muitas das idas ao Pronto atendimento poderiam ser evitadas se os pais e mães soubessem o que de fato não pode esperar para ser avaliado.

Quando então a ida ao pronto atendimento é imprescindível?

1- Crise convulsiva

Sem dúvida alguma é motivo de sobra para procurar o pronto atendimento. Sem demora e o serviço que dor mais próximo da sua residência. Se a convulsão for em vigência de febre, a chamada convulsão febril, a criança também deve ser levada, mas nesse caso, não se esqueça de colocar o antitérmico na bolsa para ser oferecido assim que a crise passar. O mais importante nesses casos é abaixar a temperatura.

2- Quedas

Quedas de altura superior a 1 metro em crianças menores de 2 anos ou maiores de 1 metro e meio em crianças acima dessa idade devem sempre ser avaliadas em pronto atendimento. Outras quedas dignas de avaliação são as quedas de escadas de mais de 5 degraus.

Bebês pequenos, sobretudo nos primeiros 6 meses, devem ser levados para avaliação sempre que houver quedas, ainda que de alturas menores.

Quedas da própria altura são via de regra pouco perigosas, e devem ser valorizadas apenas quando acompanhadas de outros sintomas, como vômitos, sonolência e dor de cabeça forte.

Qualquer queda, quando seguida de vômitos, dor de cabeça, sonolência, perda de consciência, perda de equilíbrio, sangramento pelo nariz ou ouvido ou crise convulsiva, deve ser obrigatoriamente avaliada em pronto atendimento.

3- Febre em bebês menores de 3 meses

Aumento de temperatura em crianças com menos de 3 meses é sempre preocupante e deve ser investigada. É claro que, se o seu pediatra puder avaliar o bebê com agilidade, é sempre a melhor opção. Mas não atrase a avaliação do seu filho se não houver horário próximo para atendimento no consultório

4- Febre com sinais de alerta

Não é o tempo de febre, e sim os chamados sinais de alerta associados que devem levar os pais a se preocuparem. Assim como no caso da febre em bebês < 3 meses, o ideal é levar no consultório do seu pediatra. Na impossibilidade da avaliação em consultório, levar ao pronto atendimento.

São sinais de alerta:

  • Choro inconsolável ou irritabilidade que não alivia com analgésicos
  • Sonolência excessiva ou indiferença à estímulos
  • Prostração, mesmo quando está sem febre. Só quer ficar deitada, não brinca, não sorri.
  • Rosto com sinais de desconforto ou sofrimento, sugerindo dor.
  • Gemência mantida por várias horas – “hhannn”
  • Manchas vermelhas na pele
  • Crise convulsiva, como descrito acima
  • Sinais de dificuldade para respirar, com aumento da frequência para respirar, movimentação das asas do nariz
  • Vômitos repetidos em pouco tempo, pelo risco de desidratação
  • Calafrios e tremores com duração de vários minutos na subida da febre
  • Sede intensa
  • Recusa total para alimentos e/ou líquidos por um período superior a 2 refeições
  • Temperatura > 40oC
  • Dor forte que persiste após analgesia
  • Dor que se inicia ou se agrava com movimentação
  • Incapacidade ou muita dificuldade de ficar de pé
  • Várias idas ao médico no mesmo episódio de doença
  • Palidez de início recente
  • Observação dos pais que o quadro está mais grave ou intenso do que os anteriores.

Esses itens foram extraídos de um artigo português muito interessante voltado para pais denominado critérios de alerta na criança com febre: https://www.spp.pt/UserFiles/file/Publicacoes_Curso_Verao_2012/Febre_Texto_Apoio_Pais.pdf

5- Hipotermia

Sobretudo nos bebês pequenos, temperatura < 35,5oC, pode ser indicativo de infecção devendo ser avaliado. lembre-se que a temperatura pode abaixar momentaneamente caso administrado antipirético como o paracetamol, sem que isso seja um problema.

6- Edema de articulações

7- Diminuição da quantidade de urina de forma expressiva ou até mesmo parada de micção

8- Aumento da frequência urinária com dor ao urinar

9- Queimaduras

10-  Qualquer sinal de desconforto respiratório, seja por sinais de esforço ou por aumento da frequência respiratória, ainda que sem febre]

11- Sibilância, conhecida como chieira, que geralmente vem acompanhada de tosse e sinais de esforço, com respiração curta, e em crianças maiores, queixa de falta de ar.

12- Diarreia constante, com risco de desidratação e/ou com a presença de sangue

13- Vômitos repetidos em pequeno intervalo de tempo podendo levar a desidratação

Lembrem-se de que o pronto atendimento não é consultório. Se a criança está bem, se alimentando, e sem os sinais de alerta descritos, leve ao seu pediatra. Evite hospitais.

Um grande abraço e até o próximo tema!!

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