Andador pediátrico faz a cabeça das mães e dos bebês. Os bebês se divertem horrores, as mães acham excelente a independência das crianças, até que… ACIDENTE!!!
Estima-se que para cada 3 crianças que utilizam andador, 1 sofre acidente, e desse total, até ⅓ leva a traumatismos cranianos graves, podendo levar até a morte e a sequelas irreversíveis.
E porque afinal o andador está tão associado a acidentes?
O público alvo do andador é o bebê que ainda não anda sozinho, a partir dos 6 meses. Trata-se portanto de criança que não tem a menor noção do perigo e pouquíssimo equilíbrio. Somado a isso, o andador pode atingir velocidade de até 1 metro por segundo, o que é muito elevada!!!
A grande maioria dos acidentes com andador ocorre com um cuidador no ambiente. O problema é que a criança se locomove de forma tão rápida, que muitas vezes o adulto não consegue evitar o problema a tempo, ainda que seja cuidadoso.
Já tive a triste tarefa de atender algumas crianças vítimas de traumatismo com andador em pronto atendimento e, em todos os casos, a mãe se encontrava presente. Não se trata de negligência ou falta de cuidados, e sim de um brinquedo perigoso que deve ser evitado.
Acidentes mais graves estão associados a desníveis como degraus ou escadas. São também descritos afogamento em piscinas e queimaduras (ao entrar em locais proibidos como cozinha em alta velocidade). No entanto, quedas com traumas mais leves são frequentes, e qualquer desnível no chão, como por exemplo a presença de um tapete ou objeto esquecido no chão pode levar à queda.
Tendo em vista as estatísticas e buscando a maior segurança das crianças, entidades como a ONG criança segura (criancasegura.org.br) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, vêm lutando, com especial ênfase desde 2013 para o banimento dos andadores do mercado. Acesse a campanha pela proibição dos andadores da Sociedade Brasileira de Pediatria: https://www.sbp.com.br/campanhas/em-andamento/pela-proibicao-dos-andadores/
No Canadá, essa proibição existe desde 2007, e no Brasil o projeto de Lei no 50, de 2013, ainda não foi aprovado pelo Senado. Ou seja, qualquer família pode adquirir um andador. Em 2015, creches e escolas privadas e públicas de Belo Horizonte ficaram proibidas pela lei Número 10.834 a utilizarem andadores infantis, o que já foi uma grande vitória.
Apesar de alguns estudos terem demonstrado que o andador atrasa a aquisição da marcha, estudo realizado pela UFMG não demonstrou diferença estatística significante, também não demonstrando benefícios. A contra indicação mais precisa, portanto, é o grande risco de acidentes, inclusive fatais, associado ao brinquedo.
A resposta à pergunta do título é um sonoro não!! Não deixe seu bebê usar andador. A prevenção é sempre a melhor atitude ser tomada. Imagine perder um filho por causa de um brinquedo desnecessário?
Ajude a espalhar esse cuidado para outras famílias! Isso pode prevenir acidentes graves e morte!
Um grande abraço e até o próximo tema!
