Leite materno é o melhor alimento para o bebê, e deve ser oferecido exclusivamente até o sexto mês de vida da criança. Após essa idade, deve ser oferecido juntamente com outros alimentos, o que será orientado pelo seu pediatra.
Mas você realmente sabe o motivo de o leite materno ser tão bom? O que de fato traz de benefícios para a mãe e para o bebê?
Na semana mundial do aleitamento materno, saiba 23 informações super interessantes sobre o leite materno.
- Quanto maior a duração da amamentação, maior o efeito protetor, reduzindo o risco de hospitalização no primeiro ano de vida em 72% nos bebês que ingeriram leite materno exclusivo por mais de 4 meses
- Bebês que mamam leite materno por mais de 3 meses, reduzem em até 50% o risco de infecção de ouvido, conhecidas como otite.
- Bebês que mamam leite materno exclusivamente até o sexto mês, reduzem em 63% o risco global de infecções agudas de ouvido e garganta.
- Para qualquer tempo de ingestão de leite materno, há uma redução de 64% nas infecções gastrointestinais, e esse efeito dura até 2 meses após a suspensão do aleitamento materno.
- Nos bebês que ingerem leite materno por mais de 6 meses, há uma redução de 20% de risco para Leucemia do tipo LLA e de 15% para Leucemia do tipo LMA.
- Para os que ingerem leite materno exclusivo até o terceiro mês pelo menos, observa-se redução de 30% no risco de diabetes do tipo 1, e de 40% de redução no diabetes do tipo 2.
- Para os que são amamentados no momento de introdução do glúten na dieta, o risco de Doença Celíaca reduz em 52%.
- Redução do risco global em torno de 31% para doenças inflamatórias de intestino.
- Leite materno exclusivo até o 4o mês reduz o risco de asma e de dermatite atópica em 27% para a população geral. Se há história familiar dessas doenças, a redução chega a 42%.
- Crianças que recebem aleitamento materno têm risco 30% menor de virem a ser adolescentes e adultos obesos.
- Crianças que recebem qualquer quantidade de leite materno têm o risco de morte súbita reduzido em até 45%. Leia mais sobre a morte súbita no blog (https://webapp275736.ip-45-79-11-215.cloudezapp.io/morte-subita-do-lactente/). Se a amamentação é exclusiva até o sexto mês, essa proteção pode chegar a 73%.
- Estima-se que o leite materno seja o fator que, isoladamente, mais previne mortalidade infantil no mundo, podendo prevenir até 1000.000 de mortes por ano!!!!
- Crianças que recebem leite materno possuem melhor desempenho em testes de inteligência.
- Para os prematuros amamentados: a incidência de hospitalizações nos três anos seguidos à alta hospitalar é menor do que nos não amamentados.
- Também para os prematuros que recebem leite materno: redução de até 83% nos estudos de redução do risco de enterocolite necrotizante – muito grave e que pode levar à morte nesses bebês. Além disso, há uma redução geral nos índices de infecção dos prematurinhos.
- Mães que amamentam têm menores índices de depressão pós parto
- Amamentar faz o corpo voltar mais rápido ao peso pré gestacional
- Amamentar reduz o sangramento pós parto
- Amamentar reduz a incidência de câncer de mama e ovário nas mães
- Quanto mais tempo a mãe oferece leite materno para seu filho, menores as chances de artrite reumatóide, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias como o aumento do colesterol, doenças cardíacas e vasculares e diabetes tipo 2.
- É o método mais natural de formação de vinculo entre mãe e filho
- Não tem custos. Alimentar bebês com fórmulas representa um alto custo no orçamento. Nos bebês com necessidades especiais como os alérgicos ao leite de vaca, o custo de 1 lata de fórmula pode ultrapassar R$180,00 e dura poucos dias.
- Mães que oferecem leite materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, e que não estão menstruando, contam com efeito anticoncepcional da amamentação.
Amamentação nem sempre é fácil e automático. Muitas vez vem acompanhada de dor, cansaço, de muito choro (de mãe e bebê) e de um esforço enorme para que de fato dê tudo certo.
Parabéns às mães que conseguem driblar os problemas e oferecer o melhor alimento que o bebê pode receber.
Em algumas situações, muitas mães, mesmo com muito esforço, não conseguem amamentar seus filhos. Parabéns a vocês também. Como tudo na vida, o que importa é tentar. Cercar-se de pessoas que podem ajudar a minimizar essas barreiras que aparecem. E se não der certo mesmo assim, dê ao seu filho muito amor, que é o que ele mais vai precisar.
Um grande abraço!!
Referências
Cadernos de Atenção Básica. Saúde da Criança – Aleitamento materno e alimentação complementar, 2a edição, 2015. Ministério da Saúde
Breastfeeding and the use of Human Milk – American Academy of Pediatrics 2011