Afogamento, alguém que está lendo esse texto sabe o que fazer diante desse quadro dramático? Ontem, após a trágica morte do ator Domingos Montagner, resolvi dar uma estudada no tema, e descobri que eu certamente passaria aperto na situação em que ele ficou. Não só eu como a grande maioria das pessoas que estivessem nessa situação.
Procurando mais sobre afogamento, me deparei com o sensacional site da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático- SOBRASA, e sugiro fortemente que todos gastem um tempinho aprendendo mais sobre o assunto.
Bem, nas minhas leituras, aprendi em dados de 2015 que:
- Mortes por afogamento chegam a 17 por dia no Brasil
- 51% das mortes ocorrem em menores de 29 anos
- Homens morrem 6 vezes mais por afogamento do que mulheres
- 75% das mortes por afogamento ocorrem em rios e represas, assim como aconteceu com o ator
- Nas crianças entre 1 e 9 anos, 51% das mortes por afogamento acontecem nas piscinas e dentro das residências (exemplo- afogamento em banheiras e baldes)
- Afogamento é a segunda maior causa de óbito entre 1 e 9 anos e a terceira causa de morte entre 10 e 19 anos. Entre 20 e 25 anos é a quarta causa.
- Nas Crianças que sabem nadar entre 4 e 12 anos, a forma mais comum de afogamento é por sucção da bomba nas piscinas.
- Dependendo da causa do local do afogamento, entre 46,6% e 50% dos afogados acham que sabem nadar.
- Crianças NUNCA devem ficar a mais de 1 braço de distância em locais abertos, como rios e oceanos. Mesmo que nadem muito bem.
Aprendi também que em situações como a do ator, NUNCA se deve tentar lutar contra a correnteza. A exaustão virá, e com ela a tragédia, como a que ocorreu.
O correto é flutuar, levantar o braço e gritar por socorro. Pode não dar certo, mas é a única chance de se safar do afogamento.
Camila Pitanga foi absolutamente correta. Agarrou-se em uma pedra e tentou ajudar, mas nunca se desgrudando da pedra. Caso ela tivesse feito isso, morreriam os dois afogados.
Ao nadar em local desconhecido, ou turístico, verifique se há guarda-vidas e PERGUNTE aos habitantes do local se é um local seguro. O local do acidente era, segundo vários relatos, impróprio para banho. Foi o segundo afogamento no local esse ano. Infelizmente não havia sinalização no local.
Dificilmente um afogamento é um acidente. E sim uma série de medidas preventivas que não foram realizadas, levando a episódios como o de ontem.
Que essa fatalidade sirva como alerta para abaixar essa estatística catastrófica de 17 óbitos diários por uma morte prevenível como o afogamento.
Que a visibilidade do evento tenha como desfecho medidas preventivas e educativas junto à população. Que a sinalização de locais impróprios para banho seja uma prioridade.
Por último deixo o link da campanha da SOBRASA prevenir é Salvar: Medidas de prevenção em diferentes cenários.
Vale muito a pena, está muito didático e muito abrangente. Ensina como agir em cada situação.
Parabéns aos responsáveis pela elaboração do material. A Sobrasa é uma entidade sem fins lucrativos, que tem a bela missão de salvar vidas.
Segue o link! Não deixem de ler. Na página há versão em PDF ou clique nos quadrinhos e vá lendo na sequência.
https://www.sobrasa.org/afogamentos-medidas-de-prevencao-em-diferentes-cenarios-sobrasa/
Um grande abraço e até o próximo tema