O refluxo em bebês é uma queixa super comum no consultório pediátrico. É mais prevalente nos primeiros 6 meses, quando a dieta é predominantemente láctea.
Com a introdução alimentar e o aumento da consistência dos alimentos, aliado a um amadurecimento do sistema digestivo do bebê, o sintoma vai progressivamente reduzindo, até que desaparece.
O que é o refluxo em bebês?
O refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo existente no estômago para o esôfago, podendo ser acompanhado de regurgitações.
Ao ser ingerido, o leite materno entra pela boca e, após passar pela faringe e pelo esôfago, atinge o estômago.
Há, entre o esôfago e o estômago, alguns mecanismos para evitar que o conteúdo gástrico volte para o esôfago. São barreiras anatômicas que atingem um perfeito funcionamento à medida que o bebê envelhece.
Por que o refluxo em bebês é comum?
Como as barreiras anatômicas ainda não estão maduras e a dieta do bebê é líquida, o retorno de conteúdo gástrico para o esôfago é absolutamente comum.
Como identificar o refluxo?
O sintoma mais claro para identificar o refluxo é a regurgitação, caracterizada pela presença de leite na cavidade oral. No entanto, a regurgitação pode vir associada a outros sinais e sintomas, diferenciando os quadros entre fisiológico ou patológico. Deixo link de artigo que diferencia os dois tipos abaixo:
https://webapp275736.ip-45-79-11-215.cloudezapp.io/refluxo-fisiologico-e-patologico/
Nesse link abordo quais são esses sintomas que podem ocorrer e o que devemos considerar ou não como normal.
Tem tratamento?
O refluxo fisiológico não demanda tratamento.
O refluxo patológico que ocorre na Doença do Refluxo gastroesofágico demanda cuidados especiais, e pode haver indicação de uso de medicamento. Naturalmente, o tratamento é individualizado e deve ser conduzido idealmente por gastroenterologista pediátrico.
Algumas dicas genéricas, no entanto, são válidas para qualquer bebê.
Independente de amamentação ao seio ou via mamadeira, é importante verticalizar o bebê após cada mamada. Caso ele tenha ingerido ar no momento da dieta, arrotar vai esvaziar o estômago, trazendo alívio instantâneo. Um estômago mais vazio gera menos pressão de retorno do leite para o esôfago. Mas atenção, se o seu bebê não engoliu ar ele não vai arrotar. Ou seja: arrotar não é obrigatório.
Evite balançar o bebê ou fazer movimentos bruscos após as mamadas.
Se a troca de fraldas for realizada após a amamentação, realize em local com cabeceira elevada. Isso ajudará a reduzir as regurgitações.
Procure o seu pediatra ou um gastropediatra se sinais de alerta aparecerem (leia o artigo no link).
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!